O incêndio na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na noite deste domingo (15), é o segundo registrado no local em pouco menos de um ano e meio. O primeiro episódio ocorreu em 26 de março do ano passado, quando cerca de oito presos se rebelaram por não aceitarem as regras da prisão, como uso de uniforme, e atearam fogo a galerias da casa prisional, marcando o primeiro registro de confusão no complexo inaugurado em 2016.
O fogo afetou duas galerias, danificando as redes hidráulica e elétrica, e provocou a interdição de 267 vagas. O conserto do local custou R$ 160 mil, segundo o titular da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Cesar Augusto Ouriques da Veiga.
Na semana passada, o vice-governador do Estado e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Junior, anunciou a reabertura de 288 vagas na penitenciária. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele afirmou que os espaços devem ser disponibilizados nesta semana.
Ferimentos leves
No incêndio na noite deste domingo, as unidades 2 e 3 do complexo foram afetadas pelas chamas por volta das 22h30min, quando detentos teriam colocado fogo em travesseiros e colchões no pátio. As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.
Com o fogo controlado, equipes da Susepe e da Brigada Militar realizaram ações de revista nos detentos. Bombas de efeito moral também foram utilizadas na ação. Familiares de presos se aglomeraram no entorno do complexo em busca de informações.
Nenhum dos presos apresentou ferimentos graves, nem houve casos de inalação de fumaça. Sete pessoas tiveram ferimentos leves, causados pelo motim — conforme a Susepe, eles já receberam atendimento médico e não serão transferidos. O ato teria ocorrido em protesto contra instalação de scanner corporal.