Após três incêndios em presídios do RS em quatro dias, a Superintendência dos Serviços Penitenciários garante que os presos que saíram temporariamente não vão permanecer em liberdade. Em entrevista ao Gaúcha +, o titular da Susepe, Ângelo Carneiro, afirmou que medidas estão sendo tomadas para realocar os detentos em outras casas prisionais.
— Hoje, não posso pegar um preso de Carazinho, e coloca-lo lá em Pelotas, por exemplo. Tenho de ter anuência do juiz, mas a gente tem ótima relação com o Poder Judiciário, e também o Ministério Público é nosso parceiro nesse sentido. Tenho a certeza que nós vamos conseguir, nenhum preso ficará fora por falta de vagas — afirmou Carneiro.
Nesta segunda-feira (26), detentos atearam fogo em uma das galerias da Penitenciária Estadual de Canoas. Foi o primeiro registro de confusão registrado na Pecan. De acordo com o superintendente, entre sete e oito presos se rebelaram por não aceitarem as regras da prisão.
— Não entra sacola, a visitação é restrita, e houve um grupo de presos que não aceitou essas condições e colocou fogo em alguns colchões — disse Carneiro, que acrescentou que os envolvidos serão transferidos de casa prisional.
Em Carazinho, 108 presos do semiaberto deixaram o Instituto Penal na tarde de domingo (25). Dos 66 que deveriam se apresentar nesta segunda-feira (26), três não apareceram. No local, a perícia já confirmou que o incêndio foi intencional.
Em Osório, no Litoral Norte, ainda não há confirmação se o fogo foi ateado intencionalmente, na madrugada de quinta-feira (22). Oitenta e seis presos também foram colocados em liberdade e devem se reapresentar até quinta-feira (29).