O projeto de lei que flexibiliza o porte e a posse de armas no país não será votado pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (20). A decisão foi tomada por líderes partidários devido à complexidade das mudanças, que exigia, de acordo com os parlamentares, mais debates. Na semana passada, o plenário da Casa aprovou o regime de urgência para votação da proposta.
Nesta terça, apenas a leitura do parecer será feita pelo relator da proposta, deputado Alexandre Leite (DEM-SP). A líder da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), argumentou que o projeto é completo e extensivo em relação à legislação atual. Por isso, defende a necessidade de mais tempo.
A parlamentar também disse que o sequestro de um ônibus na manhã desta terça, no Rio de Janeiro, pode contaminar a discussão:
— Não é um bom momento para se votar isso — declarou.
No entanto, outra proposta, que trata sobre o porte de arma em área rural, pode entrar em pauta. A análise do pedido de urgência do projeto de lei está prevista.
O texto foi aprovado em junho pelo Senado. A lei atual estabelece que o proprietário mantenha a arma "exclusivamente no interior da sua residência ou domicílio". Pelo projeto, a permissão fica ampliada para a "extensão do respectivo imóvel rural."