Dividido em 517 páginas, o inquérito que apurou as mortes de pai e filho em uma joalheria de Estância Velha, no Vale do Sinos, indiciou cinco pessoas. O documento embasou a denúncia entregue nesta sexta-feira (7) pelo Ministério Público.
Dois dos denunciados — Rafael Santos Domingues, 19 anos, e Davi dos Santos Mello, 20 anos — são os que aparecem nas imagens das câmeras de segurança do estabelecimento e são apontados como os responsáveis pelo crime. Eles estão presos, mas negam envolvimento no latrocínio.
Saiba quem são os cinco denunciados:
Identificado como o criminoso de camisa rosa no assalto, foi preso na noite de 23 de abril. A investigação apontou que os dois criminosos atiraram nas vítimas. Foi indiciado e denunciado por latrocínio, duas receptações (em razão dos veículos usados), adulteração de sinal de veículo automotor (carro clonado) e porte ilegal de arma de fogo. Nega envolvimento no crime.
Identificado como o criminoso de camiseta preta, foi preso em 18 de maio, na Argentina. Foi indiciado e denunciado por latrocínio, duas receptações (em razão dos veículos usados), adulteração de sinal de veículo automotor (carro clonado) e porte ilegal de arma de fogo. Nega envolvimento no crime.
Cassineli Pimenta
Era na casa dela, em Portão, que Rafael estava escondido quando foi preso pela Brigada Militar. Não ficou comprovado que a mulher tivesse envolvimento com o assalto, antes ou durante a sua realização. Foi indiciada e denunciada pela receptação (em razão de uma caixa de joias apreendida na casa dela) e favorecimento pessoal (por ter escondido o foragido em casa). Prestou depoimento à Polícia Civil e negou qualquer envolvimento no crime.
Sheila Viviane Dutra
Amiga de Cassineli, havia suspeita de que ela pudesse ter receptado as joias roubadas. Na casa dela foi encontrado um pingente roubado da joalheira. Foi denunciada por receptação. Segundo a Polícia Civil, Sheila não compareceu à Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos.
Maximiliano Staehler Rolim
Os criminosos deixaram o local do roubo em um Honda City, mas a polícia apurou o possível uso de um Focus, abandonado em São Leopoldo, no latrocínio. Imagens captaram o momento em que três pessoas saíram correndo de dentro do carro. Um deles carregava uma mochila semelhante à usada no assalto.
Rolim foi identificado, a partir de um celular esquecido no veículo como sendo o condutor do Focus. No entanto, não ficou comprovado que este carro foi usado no roubo. Para o promotor Bruno Carpes, ele teria auxiliado a esconder a mercadoria roubada, ao ajudar na fuga. Morador da Região Metropolitana, ele foi denunciado por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, já que o automóvel foi clonado. Não foi localizado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o caso.