A Procuradoria da República do Rio Grande do Norte recorreu da decisão do juiz federal Walter Nunes da Silva Junior, da 2ª Vara Federal Criminal de Natal (RN), que manda de volta ao Rio Grande do Sul (RS) três líderes de facções gaúchas que estão presos na Penitenciária Federal de Mossoró.
O recurso é resultado de uma articulação com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, que desde o início acompanha o caso. Ainda não há decisão sobre o pedido.
O trio foi transferido para fora do Estado com outros 24 presos durante a Operação Pulso Firme, em julho de 2017. Na decisão do magistrado de Natal, ele argumenta que os três não devem continuar na penitenciária federal por já terem perdido suas funções de liderança.
Pela decisão, retornarão ao RS:
Tiago Gonçalves Prestes
Conhecido como Tiago Pasteleiro, ele foi condenado a oito anos de prisão. Ele esteve entre os detentos que fugiram do Presídio de Pelotas com o uso de um caminhão para derrubar um dos muros.
José Marcelo Reyes Morales
Chamado de Camarão, cumpre quatro anos de prisão. Também está entre os presos que fugiram do Presídio de Pelotas com o uso de um caminhão para derrubar um dos muros.
Fábio Luis da Silva Mello
Conhecido como Fábio do Gás, tem condenações por tráfico de drogas e é apontado pela polícia como o principal líder do tráfico na região de Rio Grande.
O juiz deu prazo de 30 dias para as transferências. As decisões sobre Prestes e Morales foram publicadas em 26 de julho, já a determinação sobre Mello é do dia 1º de agosto.
Relembre
A Operação Pulso Firme transferiu 27 presos gaúchos para presídios federais, em julho de 2017. No início deste mês, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul atendeu a pedido do Ministério Público e determinou que 17 presos continuassem fora do Estado.