O sepultamento do inspetor Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, foi realizado no final da manhã desta quinta-feira (3) no Cemitério Municipal de Guaíba. A Polícia Civil prestou homenagens ao servidor morto na quarta-feira (2) durante cumprimento de mandado de prisão em Pareci Novo, no Vale do Caí. Houve carreata, "sirenaço" e chuva de pétalas de flores.
Por volta de 8h, agentes se concentraram em frente ao Palácio da Polícia, na Capital, e colocaram uma faixa preta no local, indicando luto.
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), Isaac Ortiz, pediu mais segurança aos agentes durante operações policiais realizadas no Estado.
Depois do ato no Palácio da Polícia, os policiais saíram em carreata, realizando também um "sirenaço", até Guaíba. Eles chegaram no final do velório e participaram do sepultamento.
No local estavam familiares, amigos e colegas de Lopes, mas também policiais federais, policiais rodoviários federais, peritos e brigadianos.
Foi feito novo "sirenaço" em Guaíba — gesto repetido por policiais de todo o Rio Grande do Sul por volta de 10h, em frente a delegacias gaúchas.
Na sequência, o helicóptero da Polícia Civil sobrevoou a área e agentes jogaram pétalas de flores sobre o caixão.
— Dava para sentir, na convivência com ele, o brilho e a alegria que ele tinha. Ele amava o que ele estava fazendo e a gente tem certeza disso até pelas palavras da própria esposa dele. Era um sonho dele ser um policial civil e ele realizou por um breve espaço de tempo que esteve conosco. Ele exerceu com muita competência, com muita dedicação e com ombridade — disse o delegado Luís Firmino, chefe de Lopes na Delegacia de Homicídios de Canoas.
Lopes completaria cinco meses como policial civil na próxima semana. Antes disso atuou como policial militar no Estado. Ele deixou mulher e uma filha de sete meses.
Buscas aos criminosos seguem no Vale do Caí
Cerca de 50 agentes seguem fazendo barreiras e buscas no Vale do Caí para tentar localizar dois criminosos envolvidos na morte do inspetor da Delegacia de Homicídios de Canoas. O principal suspeito é Valmir Ramos, alvo da polícia durante a operação realizada na quarta-feira (2). Ele já era procurado por tráfico de drogas, entre outros crimes.
Segundo o delegado Fábio Motta Lopes, diretor Regional Metropolitano, as buscas devem diminuir e o trabalho terá como foco a investigação sobre o paradeiro dos criminosos.
Durante o sepultamento de Lopes em Guaíba, o chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, lembrou que as buscas na noite passada resultaram na prisão de dois suspeitos. Segundo ele, um deles, que estava com arma e munição, é próximo de Valmir Ramos.
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