Mais de 100 policiais civis, com apoio de agentes da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizam buscas na localidade de Matiel, em Pareci Novo, no Vale do Caí, onde o agente da Delegacia de Homicídios de Canoas, 30 anos, foi assassinado durante operação na manhã desta terça-feira (2). Dois helicópteros, um da Polícia Civil e um da PRF, foram enviados.
O sítio onde os policiais tentaram cumprir mandado de prisão e acabaram atacados a tiros fica às margens da RS-124, em uma localidade calma e com poucas casas. Moradores curiosos com o ocorrido acompanhavam a mobilização.
Mais de 40 viaturas da Polícia Civil foram enviadas ao local. Os veículos foram estacionados nas margens da rodovia, que é de pista simples e não possui acostamento. Policiais param veículos à procura dos suspeitos.
Agentes de várias delegacias foram ordenados a apoiar no local das buscas. O diretor metropolitano da Polícia Civil, delegado Fabio Motta Lopes, coordena os trabalhos. Ele garante que as equipes só devem sair quando encontrarem os criminosos ou tiverem certeza de que não há ninguém suspeito na região.
Até as 13h, ninguém havia sido preso. Diversas informações sobre o paradeiro dos suspeitos foram checadas, mas nenhuma deu resultado.
Moradores dizem que desconfiavam do entra e sai no sítio. A casa fica a cerca de 800 metros da RS-124, com acesso por uma estrada pequena de chão batido. No local, durante perícia, dois revólveres e dois coletes à prova de balas foram apreendidos.
Um dos vizinhos afirma que o homem buscado pela polícia, Valmir Ramos, 40 anos, o "Bilinha", se apresentava na região como Roberto.
— Ele vinha aos finais de semana, passava dois ou três dias aí. Nunca incomodou ninguém, mas desconfiávamos do jeito dele e da movimentação grande de carros — conta o morador, que prefere não se identificar.
O crime
A Polícia Civil preparou uma operação com cerca de 20 homens para prender Ramos hoje. Ele é suspeito de um homicídio e tem dois mandados de prisão em aberto. Ao chegarem, por volta de 6h20min, os agentes contam que foram recebidos a tiros. Os policiais revidaram, mas o inspetor estava ferido. Ele foi socorrido por um colega até um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.