- Correção: a filha do policial civil tem sete meses e não é recém-nascida. A informação incorreta permaneceu publicada entre 12h04min e 13h05min de 02/05/2018. O texto foi corrigido.
O policial civil Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, era conhecido por amigos e conhecidos como uma pessoa dedicada e batalhadora. O inspetor foi morto durante uma operação contra o tráfico de drogas em Pareci Novo, no limite com São Sebastião do Caí, a 70 quilômetros de Porto Alegre.
Lopes ingressou na Polícia Civil no último concurso público para a corporação, de 2013, mas só foi chamado para assumir o cargo em abril de 2017. Desde dezembro, atuava em investigações na Delegacia de Homicídios de Canoas, e nesta quarta-feira (2) dava apoio para uma operação da Delegacia de Furto e Roubo de Veículos (DFRV) de Canoas.
Antes da Polícia Civil, trabalhou por mais de cinco anos na Brigada Militar (BM), de setembro de 2012 a dezembro de 2017. Durante o período, atuou no 9º Batalhão de Polícia Militar, a maior parte do tempo em rondas com motocicletas. Já no começo da carreira como PM, se deparou com inúmeras manifestações no Centro de Porto Alegre.
No curso de formação para soldado, Lopes foi aluno do major Euclides Maria da Silva, que hoje atua na comunicação da BM.
— Ele era muito dedicado, sempre participativo nas aulas. A morte dele nos pegou de surpresa. Estamos muitos tristes — conta o major.
Uma colega dele, que ingressou na Polícia Civil no mesmo ano, lembra da personalidade de Lopes:
— Ele era um cara legal, empolgado com a nova carreira. Poderia ser com qualquer um — lamenta a colega.
A inspetora Valquíria Wendt, que é esposa do chefe da Polícia Civil Emerson Wendt, foi professora de Lopes no curso de formação.
— A turma dele era uma muito boa, vários alunos eram ex-PMs. Ele era uma pessoa muita tranquila. Estava feliz com a nova função — relembra Valquíria.
Lopes era casado e tinha uma filha de sete meses.