A hipótese de que milícias estejam envolvidas no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes é reforçada pelos investigadores responsáveis por esclarecer o caso. Um dos fatores que contribui para essa linha é o fato de que pelo menos um dos projeteis encontrados na cena do crime era de munição especial.
De acordo com informações do jornal O Globo, foram coletadas digitais parciais do assassino ou da pessoa responsável por municiar a pistola 9mm utilizada no crime.
Especialistas investigaram nove cápsulas, destas, oito são do lote UZZ 18, vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) em dezembro de 2006 para o Departamento da Polícia Federal em Brasília e distribuído para todo o país. O outro projétil faz parte de um carregamento importado. De acordo com investigadores, tem características especiais, semelhantes à de uma outra cápsula de um homicídio que aconteceu fora da capital, na Região Metropolitana do Estado.
As digitais coletadas estão fragmentadas, o que compromete a comparação com as que estão armazenadas nos bancos de dados das Polícias Civis e Federal, mas podem ser confrontadas com as de um eventual suspeito.
O ministro da Segurança Raul Jungmann disse, nesta terça-feira (10), que houve “um afunilamento das hipóteses que cercam o assassinato de Marielle e Anderson”. Segundo ele, “o leque de possibilidades sobre o crime está simplificado”.