A vereadora carioca Marielle Franco e a policial catarinense Caroline Pletsch, assassinadas no mês passado em dois crimes que chocaram o país, podem virar nomes de ruas em Porto Alegre. Quem propõe é o vereador Rodrigo Maroni (Podemos):
– Não acho que essas vidas devam ser lembradas ou discutidas apenas como direita ou esquerda, mas como pessoas que lutaram pelo bem maior, que é a justiça – alega Maroni, que já protocolou os dois projetos.
As ruas foram escolhidas "de forma aleatória", segundo o vereador, a partir de um levantamento de logradouros sem nome. Maroni diz não conhecer as duas vias. E reconhece não ter consultado moradores para batizá-las – a Rua Marielle Franco ficaria no bairro Hípica, e a Rua Caroline Pletsch, no Cristal.
– São pessoas com dificuldade para ser encontradas pelos Correios e até pelos próprios amigos, então elas sempre ficam muito felizes – diz ele.
A legislação determina que, para dar nome a uma rua, a pessoa precisa ter morrido há pelo menos 90 dias. Portanto, os projetos só podem ser aprovados em junho.
Caroline Pletsch, policial militar catarinense, passava férias com o marido em Natal (RN) quando foi assassinada por assaltantes na pizzaria onde o casal jantava, na noite de 26 de março. Marielle Franco, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, foi morta com quatro tiros na cabeça na noite de 14 de março, quando deixava de carro um evento na Lapa.