O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) finalizou o inquérito que investigava o braço contrabandista de cigarros de uma das maiores facções do tráfico de drogas gaúcha. Em ação em 18 de outubro, quatro pessoas foram presas e R$ 500 mil, Land Rover, Porsche e caminhões foram apreendidos em ações em Viamão.
Foram indiciados o paraguaio Ricardo Luiz Picolotto Pedroso da Silva, o "R7", apontado pela polícia gaúcha como um dos maiores contrabandistas de cigarros e armas da América do Sul, o argentino naturalizado Carlos Alberto Cocco, suspeito de ser o responsável pelos cigarros na facção gaúcha, a esposa dele, Maria Jaqueline Ribeiro, que ajudaria no controle financeiro, e Paulo Afonso Dian, suspeito de ser o laranja do grupo. Todos seguem presos.
O delegado Rafael Pereira indiciou todos os envolvidos por lavagem de dinheiro, contrabando, organização criminosa e posse irregular de arma de fogo. Ele se disse surpreso com a quantidade de dinheiro que a facção movimentava e lembra que o montante estava repartido em sacolas, com R$ 50 mil cada.
— Estava claro que aquilo seria entregue ao R7, que veio ao Estado buscar a venda do cigarro que havia fornecido e para autorizar o envio da próxima carga — comenta o delegado.
A investigação teve início após denúncia de tráfico de armas por R7. O delegado afirma que ele é responsável pelo envio, via fronteira com Paraguai, de grande parte das armas para a facção. Pereira comenta, também, que após a divulgação da prisão polícias de outros Estados entraram em contato com os investigadores gaúchos para pegar informações, já que R7 é suspeito também de atuação em outros Estados.