Já pensou em "voar" sem risco algum de cair? É mais ou menos essa a sensação que o Bungee, nova modalidade de dança aérea, proporciona. A reportagem participou de uma aula e conta como foi a experiência.
Vestindo uma espécie de cadeirinha, o aluno é preso a um elástico atado em uma corda fixada ao teto. Apesar de a parafernália parecer com as utilizadas em esportes radicais, seu uso na aula de uma hora e meia é muito mais comedido. Os equipamentos servem para diminuir o impacto e tornar ainda mais leves as coreografias.
— O objetivo é fazer uma coreografia por encontro, mas nem sempre é possível, pois a aula evolui de acordo com o aluno — explica Paula Pozzan, instrutora e proprietária do Anexo Azul Anil.
Passado um leve aquecimento, a ideia é conhecer alguns movimentos básicos que vão compor os passos. Salto, bombinha estrela, tesoura e bicicletinha são alguns deles, que exigem coordenação motora e força abdominal. Embora não seja uma prática específica para tonificar músculos, muitos deles são recrutados, especialmente abdômen e braços – os membros superiores são utilizados até se ganhar confiança para largar o elástico.
Depois entender os passos, chega a hora de colocá-los em prática com músicas de fundo. Daí vem a dificuldade: juntar bicicleta com tesoura seguido de saltos e outros movimentos acompanhando o ritmo do som. Em pouco tempo, já dá para suar bastante.
Segura e divertida, a aula ajuda a desenvolver a consciência corporal e gasta, em média, 400 calorias. Aos interessados, uma dica: é bom vestir calça, pois, em um primeiro momento, a cadeirinha causa um leve desconforto. A sensação acaba logo após a adaptação ao equipamento e o começo da coreografia.
Da Tailândia para o mundo
Além de ser lúdica, outra vantagem da prática é que ela não se limita a determinados perfis de alunos.
— É viável para todo mundo, sem limite de peso ou idade. Nem para mais, nem para menos — garante Paula.
De origem tailandesa, a modalidade nasceu baseada nos espetáculos circenses. Depois de algumas alterações, o bailarino Sivavut Mathong desenvolveu a aula que hoje se espalhou pelo mundo. Em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, a novidade já chegou às academias. Em Porto Alegre, a modalidade é oferecida, atualmente, no Anexo Azul Anil, que também sedia cursos para instrutores.