O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (10), a criação de um projeto de apoio emergencial à gestão de hospitais no Rio Grande do Sul, em resposta aos impactos causados pela enchente de maio. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e conta com a colaboração do Hcor e do Hospital Moinhos de Vento (HMV).
Chamado de Apoio Emergencial à Gestão de Hospitais no Rio Grande do Sul, o projeto terá investimento de R$ 10 milhões, com mais de 20 especialistas das instituições envolvidos. A ação atenderá sete hospitais gaúchos diretamente ou indiretamente afetados pela calamidade.
O foco será realizar diagnósticos emergenciais e situacionais, elaborar planos de ação para melhorias, capacitar lideranças e monitorar os resultados. As unidades de saúde selecionadas são:
- Hospital Universitário de Canoas
- Hospital de Pronto Socorro de Canoas
- Hospital de Cardiologia de Porto Alegre
- Hospital Presidente Vargas
- Hospital Vila Nova
- Hospital Restinga e Extremo Sul
- Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre
O CEO do Hcor Fernando Torelly, destacou o empenho da instituição em oferecer suporte para qualificar as unidades. Ele explicou que, em dez dias, será entregue um diagnóstico emergencial, enquanto o diagnóstico estruturante deve ser finalizado em 60 dias. O trabalho será realizado por uma equipe de 17 especialistas, com suporte técnico do Hcor e do Moinhos.
— A consultoria será abrangente, avaliando todas as áreas, desde fluxos de atendimento e estrutura administrativa até indicadores de gestão, riscos assistenciais e produtividade — afirmou o executivo.
Os hospitais foram indicados pelas secretarias estadual e municipais de Saúde, em conjunto com o Ministério da Saúde. Mohamed Parrini, CEO do Moinhos de Vento, ressaltou a relevância da iniciativa.
— Estamos em Porto Alegre e testemunhamos a tragédia no Estado. Desde o início, atuamos na recuperação dos hospitais atingidos. Agora, com o Proadi-SUS, vamos contribuir com planos operacionais e estratégicos para fortalecer a rede de saúde — disse.
Plano Nacional de Saúde
O projeto está alinhado com o Plano Nacional de Saúde e as ações de apoio à reestruturação do Estado pós calamidade.
— Em um momento de catástrofe climática, em que a saúde foi impactada e as instituições atuam no limite de suas capacidades operacionais, é necessário um plano de ação que faça esse raio-x de como estão esses hospitais, ajude e capacite as lideranças destas instituições, além de colaborar no monitoramento da execução dos planos de ação — diz Lucas Gomes, coordenador geral da Atenção Especializada do Ministério da Saúde.