A promoção de uma dieta a base de alimentos frescos e orgânicos é o que torna a dieta nórdica uma opção saudável. A rotina alimentar foi destacada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela revista U.S. News & World Report.
— (A dieta nórdica) Recomenda o consumo de peixes frescos, inclusive os mais gordurosos como o salmão e o bacalhau. Cereais integrais como aveia, centeio, cevada, vegetais folhosos, raízes, frutas e laticínios de baixo teor de gordura também fazem parte da dieta — explica a nutricionista assistencial Natália Flores, do Hospital Moinhos de Vento.
A dieta tem como base alimentos provenientes dos países da região europeia nórdica, como Suécia, Finlândia e Dinamarca, Islândia, Noruega e Suécia. Além disso, respeita a sazonalidade dos insumos vindos da terra – consumidos de acordo com sua época.
Os alimentos também previnem o aparecimento de doenças, porque mantêm as artérias limpas. Os vegetais e as frutas, como brócolis e repolho, são ricos em antioxidantes e os peixes em ômega 3, que reduz o risco cardiovascular. Já os grãos integrais possuem fibras, que previnem o risco de doenças intestinais.
Entre outros benefícios, melhora o perfil lipídico (índices de colesterol, LDL, HDL), auxilia na perda de peso e no trânsito intestinal, reduz os riscos para obesidade e diabetes. Embora as contribuições, a dieta nórdica não está no topo da lista de mais saudável: a colocação está com a dieta mediterrânea, de países como Grécia, Espanha e Itália.
Como adotar a dieta no Brasil
A principal conduta que diferencia a dieta nórdica de outros países é o pouco consumo de carne vermelha, sal e farinha branca. Estes alimentos ricos em gordura, carboidratos e glicose estão presentes na culinária de muitos países. Segundo a OMS, em várias partes da Europa e fora dela, “as dietas e os sistemas alimentares em geral não são saudáveis nem sustentáveis”, o que ocasiona o excesso de peso e obesidade em cerca de 2 milhões de pessoas.
A dieta nórdica é possível ser aplicada no Brasil. Para isso, é necessário substituir o consumo de alimentos à base de amido para integrais, como o arroz, massas e pães. Também, reduzir o consumo de carboidratos simples e a quantidade de sal. Temperos naturais e frescos devem ser priorizados em detrimento de ultraprocessados.
— Estão entre as dicas: o consumo de pescados mais frequente; quando consumir carne vermelha, optar por carnes magras; consumir frutas da estação; evitar os industrializados; e praticar mais o ato de cozinhar em casa — exemplifica a nutricionista.
Segundo o U.S. News & World Report, a dieta nórdica pode ser mais cara por priorizar produtos orgânicos. Para reduzir o valor, os alimentos podem ser cultivados em casa ou substituídos pelos convencionais (este método não traz o mesmo efeito do orgânico, mas é uma estratégia para manter a dieta alimentar mais próxima à dos países nórdicos)
Ainda segundo a revista, a dieta não apresentou riscos específicos à saúde. Entretanto, a mudança repentina para o método pode alterar a ingestão de nutrientes que o corpo está acostumado. Por isso, é necessário consultar um nutricionista para entender os riscos e benefícios de aderir à nova rotina.