Um estudo que mapeou os fatores de risco associados à demência concluiu que uma parcela significativa dos casos de demência está associada a hábitos de vida. Isso significa que 40% das condições podem ser prevenidas, segundo o jornal O Globo.
A pesquisa foi elaborada por cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e divulgada na revista BMJ Mental Health. O trabalho analisou dois grandes estudos de longa duração para obter os dados, o UK Biobank e o Whitehall II Study.
Ao todo, foram 223,7 mil pacientes participantes entre 50 e 73 anos e 28 fatores de risco da demência analisados. As descobertas foram que, destas fontes, 11 foram associadas de forma mais significativa. Três delas não podem ser alteradas: idade, diagnóstico dos pais e ser homem.
Porém, as outras oito se mostraram modificáveis, o que indica possibilidades para reduzir o risco. Estas incluem: educação, histórico de diabetes, histórico ou situação atual de depressão, histórico de AVC, classe socioeconômica mais baixa, pressão alta, colesterol alto e viver sozinho.
Com isso, os cientistas desenvolveram uma pontuação de risco para identificar quem são as pessoas com mais chances de desenvolver a doença. Além disso, destacam que o tratamento efetivo pode apresentar redução da estimativa.
A síndrome que engloba diagnósticos de declínio cognitivo, como o Alzheimer, pode causar consequências como a perda de memória e a dificuldade para realizar planejamentos e tarefas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de pessoas com demência deve crescer com o envelhecimento da população.