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Após decisão judicial, cirurgias de emergência são retomadas na Santa Casa de Santana do Livramento

Grupo de médicos pediu demissão alegando falta de pagamento de salários, o que causou interrupções no atendimento

Bibiana Dihl

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Ascom / Prefeitura Municipal de Santana do Livramento
As cirurgias de todas as especialidades haviam sido suspensas na sexta-feira (22)

Após um impasse envolvendo a demissão coletiva de médicos e a suspensão de todas as cirurgias, a Santa Casa de Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, retomou procedimentos cirúrgicos de urgência e de emergência. A retomada ocorreu no fim de semana, após uma decisão judicial da qual a prefeitura tomou conhecimento no sábado (23). As cirurgias de todas as especialidades haviam sido suspensas na sexta-feira (22)

A decisão deferiu parcialmente a tutela provisória de urgência para que fossem mantidos serviços de saúde na instituição hospitalar, mediante remuneração dos profissionais.  Conforme a direção da Santa Casa, único hospital que atende pelo SUS na cidade, os médicos que haviam pedido desligamento — o que inclui traumatologistas e anestesistas — entregaram escalas de trabalho para viabilizar a manutenção dos serviços e suas especialidades, incluindo as cirurgias. 

Segundo a prefeitura, interventora do hospital, os 14 médicos que retornaram ao trabalho a partir da decisão da Justiça receberam os salários do mês de junho — os de maio, no entanto, seguem atrasados para este grupo. Os outros 11 profissionais que já haviam voltado atrás após pedirem desligamento já receberam os meses de maio e de junho, segundo o Executivo. 

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) alega que, além dos atrasos deste ano, não foram pagos os vencimentos de dezembro de 2020, e afirma que há um passivo trabalhista dos anos de 2016 a 2019. O vice-presidente do Simers, Marcelo Matias, garante que a categoria já entrou na Justiça para reverter a decisão. 

— Até entendo que o Judiciário tenha considerado que há um bem maior, a saúde, mas em nenhum momento a dívida é reconhecida, nem a necessidade de pagamento. Não é com uma liminar que se faz saúde, é necessário planejamento. Seguimos buscando negociação com a prefeitura e com a Santa Casa. 

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