O gerente de Risco do Hospital de Clínicas e professor do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da UFRGS, epidemiologista Ricardo Kuchenbecker, disse ao Timeline, da Rádio Gaúcha, nesta quarta-feira (26), que a vacina contra a covid-19 protege das formas mais graves do vírus, mas alertou que pessoas com comorbidades ainda sofrem riscos.
— Com a maior base de certeza podemos dizer que as vacinas reduziram drasticamente as formas mais graves e os óbitos, inclusive no Rio Grande do Sul — afirmou.
O especialista ressaltou que é essencial que as pessoas recebam as doses de reforço da vacina. Além disso, destacou que a imunização de crianças e adolescentes é importante para conter o avanço da pandemia e alertou para o aumento no contágio pela variante Ômicron do coronavírus.
— As pessoas continuam precisando ser vacinadas, ganhar a terceira dose. As crianças e adolescentes são extremamente importantes — enfatizou.
— A gente precisa trabalhar mais com a capacidade de comunicação. Primeiro: as vacinas são seguras. Segundo: elas não protegem completamente, somente contra as formas mais graves. É isso que podemos fazer por enquanto — completou.
Para o médico, o fim da pandemia depende da capacidade dos governos mundiais de imunizarem a população.
— Precisamos chegar a 100% da população mundial vacinada. Essa é a forma que eliminamos o conceito de pandemia. Depende muito dessa capacidade planetária de vacinarmos a população.