Após a identificação da variante Ômicron, supostamente nascida em Botswana e posteriormente sequenciada na África do Sul, dezenas de nações decidiram fechar fronteiras a países africanos e aumentar restrições a estrangeiros.
No Brasil, o governo federal mantém a exigência de teste RT-PCR negativo e suspendeu a entrada de estrangeiros que passaram, nos últimas 14 dias, por seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Na quarta-feira (7), o governo federal anunciou que não vacinados deverão cumprir uma quarentena de cinco dias. Após o período, os viajantes deverão realizar um teste do tipo RT-PCR com resultado negativo.
Na quarta-feira (1º), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou a exigência de passaporte vacinal para entrada de estrangeiros e brasileiros vindo de fora, mas o pedido foi acatado.
Veja, a seguir, as reações de alguns países para tentar barrar a entrada da Ômicron:
Mudanças afetando brasileiros
Marrocos: proibiu por duas semanas a entrada de qualquer viajante estrangeiro, independentemente da origem.
Israel: viajantes de qualquer país estão proibidos de visitar. Israelenses que estiveram em países africanos precisarão cumprir quarentena, mesmo vacinados.
Japão: fechou fronteiras na terça-feira (30) para todos os turistas estrangeiros, independentemente do país.
Estados Unidos: independentemente de estarem com esquema vacinal completo, passageiros de qualquer nação precisam apresentar exame negativo no dia do embarque, e não mais com 72 horas de antecedência. Está proibida a entrada de viajantes de África do Sul, Botsuana, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Eswatini (antiga Suazilândia), Moçambique e Malaui.
Mudanças afetando não brasileiros
União Europeia: os 27 países que fazem parte do bloco suspenderam voos de África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Moçambique, Namíbia e Zimbábue. Cada governo pode impor medidas adicionais.
Argentina: libera entrada de qualquer viajante, mas impõe quarentena de ao menos 10 dias, além de vacinação completa, PCR negativo no embarque, novo exame na chegada ao aeroporto e mais um exame negativo de PCR durante o isolamento pós-viagem.
Canadá: proibida a entrada de estrangeiros que estiveram em África do Sul, Egito, Moçambique, Nigéria, Malaui, Namíbia, Zimbábue, Botsuana, Lesoto e Eswatini. Canadenses precisarão apresentar PCR negativo para retornar, cumprir quarentena em hotel até aguardar novo resultado negativo e ainda manter 14 dias de quarentena em casa.
Austrália: suspendeu voos de Botsuana, Eswatini, Lesoto, Malaui, Moçambique, Namíbia, Seychelles, África do Sul e Zimbábue.
Bélgica: para além da suspensão da União Europeia, belgas que estiveram nas nações precisarão cumprir quarentena de 10 dias.
Chile: proibiu a entrada de estrangeiros que estiveram em África do Sul, Zimbábue, Namíbia, Botsuana, Lesoto, Eswatini e Moçambique.
Reino Unido: para além da suspensão da União Europeia, britânicos ou residentes desses países precisarão passar por quarentena.
Dinamarca: permite a entrada de quaisquer estrangeiros, mas exige PCR negativo e quarentena de 10 dias com teste para quem esteve em Angola, Malaui, África do Sul, Lesoto, Eswatini, Moçambique, Zimbábue, Botsuana e Namíbia.
Espanha: para além das regras da União Europeia, britânicos precisarão apresentar passaporte vacinal.