O governo federal recuou e decidiu adiar a divulgação de um estudo que buscava flexibilizar o uso de máscaras no Brasil. A previsão era de que a nota técnica com as novas orientações fosse publicada e enviada para Estados e municípios na primeira semana de dezembro, porém, com a chegada da variante Ômicron do coronavírus, técnicos do Ministério da Saúde decidiram ter cautela em relação ao assunto.
A ideia da pasta era recomendar que Estados e municípios tomassem suas próprias decisões, levando em consideração alguns critérios para desobrigar o uso da máscara em ambientes abertos ou fechados, como como população vacinada contra a covid-19, ocupação de leitos e o número de casos e óbitos da doença, sem estipular uma data específica determinando a flexibilização do uso da proteção no país.
O estudo foi encomendado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após pedido do presidente Jair Bolsonaro, que é contrário ao uso do equipamento de proteção e solicitou uma análise de Queiroga para liberação do uso em locais abertos e fechados.
Queiroga chegou a dizer em novembro que buscava um "Natal sem máscara", citando o avanço da imunização contra a doença no país, mas, agora com a nova variante, os planos mudaram e não há prazo para divulgação das novas orientações.