Durante reunião com governadores nesta sexta-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que planeja pedir à Organização Mundial da Saúde (OMS) uma antecipação de doses contratadas por meio do consórcio Covax Facility. O Brasil contratou por meio dessa aliança, 42,5 milhões de doses de diversos laboratórios, entre eles os desenvolvidos pela AstraZeneca/Oxford. A ideia é tentar adiantar para o primeiro semestre a entrega de parte das 33 milhões de vacinas com previsão de entrega apenas para a segunda metade de 2021.
— Me reuni hoje com a Socorro Gross, da OPAS [Organização Pan-Americana de Saúde], e ela acha plausível que consigamos junto à OMS uma antecipação das vacinas do Covax Facility. No contrato, o Brasil pediu vacina para 10% da população, totalizando 42,5 milhões de doses. Há também a possibilidade de aumentar a participação do Brasil para 20% da população como outros países fizeram — afirmou Queiroga durante a reunião.
O Brasil já recebeu o primeiro carregamento fruto do consórcio no dia 21 de março. O calendário válido até agora mostra que o país vai ser o destinatário de 9,1 milhões até maio. Até o início da noite desta sexta-feira, 32,2 milhões de doses de vacinas AstraZeneca/Oxford e Coronavac haviam sido distribuídas pelo governo federal aos Estados. Cerca de 12,8 milhões de brasileiros já receberam a primeira dose — 3,9 milhões tomaram a segunda dose. O ministério afirma que o governo brasileiro já comprou 563 milhões de doses de vacinas de diversos laboratórios, mas a maioria só chega a partir do segundo semestre.
Durante a primeira reunião com os governadores já como titular do Ministério da Saúde, Queiroga informou que o governo está contratando caminhões no Canadá para transportar oxigênio líquido no Brasil, além de relembrar as medidas tomadas pela Anvisa para agilitar a importação de medicamentos.
Assim como fez antes, durante coletiva de imprensa ao lado do ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, Queiroga voltou a cobrar o uso de máscaras e o fortalecimento de ações voltadas à higiene pessoal. Ele pediu aos governadores que reforcem o alerta á população de seus Estados durante o feriado de Páscoa, na próxima semana.
— Conversei com autoridades religiosas, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e com pastores de outras orientações cristãs, para que, nessa Páscoa, seja passada uma mensagem para que os brasileiros adotem medidas de bloqueio de vírus — disse Queiroga.