A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda-feira (14) que vai decidir em até 10 dias sobre os pedidos de uso emergencial de vacinas contra a covid-19 no Brasil. A agência ressalta que todos os documentos necessários precisam ser submetidos para avaliação dos técnicos para que esse prazo passe a valer. Comunicou ainda que os técnicos estão trabalhando em tempo integral, e assim permanecerão durante as semanas de Natal e Ano-Novo, para dar continuidade às avaliações das pesquisas encaminhadas pelos desenvolvedores das fórmulas.
A agência lembra que não é por causa da concessão do uso emergencial nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Canadá que o Brasil vai fazer o mesmo automaticamente: "Acompanhando o cenário mundial, é possível perceber que nenhuma Autoridade Reguladora, até o momento, concedeu autorização de uso emergencial de forma automática, baseada na avaliação de um outro país".
A autorização para uso emergencial de uma vacina é dada para imunização de pequenos grupos descritos no momento do pedido à Anvisa. Já o registro da vacina é um processo diferente, que leva cerca de 60 dias para ser avaliado após o envio da documentação.
O Instituto Butantan, que desenvolve a vacina CoronaVac, informou nesta segunda-feira que mudou de estratégia e, em vez de pedir autorização para uso emergencial das doses, pedirá o registro em 23 de dezembro. O governo de São Paulo prevê iniciar a imunização em massa da população paulista a partir de 25 de janeiro, mas o prazo de 60 dias estipulado pela Anvisa pode fazer com que essa data seja revista.