Mais de cem dias se passaram desde que o Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte pelo coronavírus, em março. Desde então, a Secretaria Estadual da Saúde publica diariamente, à tarde, uma lista de vítimas da covid-19, informando município, sexo e idade de cada uma delas.
Protocolares, esses boletins mascaram as dores da pandemia. Escondidas por trás dos números, estão histórias de vida, relacionamentos e sonhos interrompidos.
Nesta terça-feira (14), dia em que o Estado superou a dramática marca de mil mortos pelo coronavírus, GaúchaZH presta uma homenagem às vítimas e aos enlutados de uma doença desafiadora que não tira a vida apenas de quem morre, solitário, em um leito de hospital.
Também sucumbem seus familiares, companheiros, amigos e colegas. Afinal, a cada morte, perde-se um avô, uma mãe, um filho, uma esposa, um namorado, pessoas abatidas pela maior catástrofe sanitária deste século.