O Hospital Santa Casa de Alegrete, na Fronteira Oeste, deixou de realizar todos os procedimentos considerados eletivos e atende somente casos de emergência. A restrição no atendimento ocorre devido ao endividamento da instituição, que acumulou dívidas com fornecedores nos últimos anos.
Segundo nota divulgada nesta semana, os débitos dos contratos do Sistema Único de Saúde (SUS), do Estado e do IPE Saúde com o hospital chegam a R$ 5,6 milhões. Isso fez com que a casa de saúde chegasse a uma situação de "colapso financeiro", conforme definido pela Irmandade da Santa Casa de Caridade de Alegrete, administradora da instituição. Atualmente, devido às dívidas com fornecedores, o hospital só consegue adquirir insumos se fizer pagamento adiantado.
Os procedimentos eletivos foram paralisados para todas as especialidades que eram atendidas pelo hospital: cirurgia digestiva, geral, traumatológica, bucomaxilofacial e endocrinologia. A direção ainda alerta que, progressivamente, outros serviços poderão ser suspensos. A demissão de funcionários também não está descartada, já que o hospital afirma precisar diminuir despesas a curto prazo.
Outra situação encarada como problema pela administração da Santa Casa de Alegrete é a regularização do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Como não há previsão de regularização, o hospital teme o risco de interdição.
A reportagem fez contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), mas não recebeu retorno.