Com seis confirmações a mais do que no último levantamento divulgado pela prefeitura de Santa Maria e pelo governo do Estado há duas semanas, Santa Maria chega a 777 casos de toxoplasmose. O boletim atualizado é desta sexta-feira (5).
São 1.931 casos notificados. Desses, 1.841 são considerados suspeitos, 61 foram excluídos e 29 ainda precisam de classificação. Dos 1.841 casos suspeitos, 777 foram confirmados por meio de contraprova em laboratório, 603 foram descartados e 461 seguem em investigação.
Dos 777 confirmados, 105 casos envolvem gestantes — 10 causaram abortos, três levaram os fetos à morte e 20 são de toxoplasmose congênita, aquela que aparece em bebês entre 25 dias e 61 dias após o nascimento.
As medidas de prevenção à doença, como tomar apenas água mineral ou fervida, lavar bem os alimentos e realizar periodicamente a limpeza das caixas d'água das residências, devem ser mantidas.
Medicamento está em falta
O medicamento pirimetamina — usado principalmente em imunodeprimidos e gestantes no tratamento contra toxoplasmose — está em falta na farmácia do Estado em Santa Maria. A pirimetamina é um dos três remédios considerados estratégicos para combater a doença. Os outros dois são a espiramicina e a sulfadiazina.
Desde 2017, o fornecimento dos três medicamentos estratégicos passou a ser responsabilidade da União. No mesmo ano, porém, foi emitida uma nota técnica pelo Ministério da Saúde informando que, enquanto não fosse concluída a licitação para compra desses remédios, a aquisição seguiria sob responsabilidade dos Estados e dos municípios.
A União e o Estado informaram que chegarão a Santa Maria lotes com medicamentos na próxima semana. Já a prefeitura disse que, mesmo não sendo responsabilidade dela, fará a compra emergencial de 40 mil comprimidos de pirimetamina.