
Uma decisão da 1ª Vara Cível de Sapucaia do Sul deu prazo até 19 de maio para que o Hospital Getúlio Vargas, de Sapucaia do Sul, quite as dívidas com da Global Med, terceirizada responsável pelos serviços médicos de emergência. Segundo o documento, o hospital deve o pagamento de serviços médicos de clínico geral plantonista referente a janeiro deste ano.
O repasse deveria ter sido feito em até 60 dias. Como não houve retorno da instituição, a terceirizada ameaçou suspender os serviços de emergência hoje.
Contudo, na decisão, a juíza responsável entendeu que não se permite a suspensão de serviços essenciais em função da cobrança de débitos. Com isso, a emergência segue funcionando normalmente por enquanto.
O contrato da Global Med com a Fundação Hospital Getúlio Vargas (FHGV) em Sapucaia do Sul começou em dezembro de 2024, único mês que a empresa alega ter recebido os valores. De lá para cá, cobra uma dívida mensal de cerca de R$ 300 mil mensais não repassados pelo hospital, o que já totaliza até o momento cerca de RS 1,2 milhão.
O que diz a instituição
Questionada, a FHGV não garantiu que fará o pagamento até o prazo estabelecido, mas que deve encontrar uma solução para o impasse. A juíza Gizele Bergozza Santa Catarina determinou pagamento de R$ 20 mil por dia de multa caso o hospital não cumpra a decisão.
O contrato prevê pouco mais de 2 mil horas por mês de trabalho de 24 médicos terceirizados na emergência. O hospital argumenta que o atraso na quitação dos valores devidos ocorre por conta da crise do setor hospitalar da Região Metropolitana.
Leitos fechados por falta de repasse
Na semana passada, 60 leitos clínicos foram fechados após a instituição apontar falta de verba repassada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, o hospital deixou de ter um total de 224 unidades para atuais 164.
Pacientes foram transferidos para outras instituições de saúde por meio do sistema de regulação do Estado. Na emergência, são 66 pacientes internados nesta segunda-feira (5) para 30 vagas disponíveis, o que equivale a uma superlotação de 220%.