O Centro de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou mais um caso de sarampo no Rio Grande do Sul, desta vez no município de Vacaria. Com isso, aumentou para sete o número de pessoas infectadas com a doença no Estado. O último caso é de uma mulher de 29 anos que teve contato com um dos moradores de Porto Alegre infectados com o vírus. A SES ainda investiga mais uma suspeita de sarampo, também na capital gaúcha.
As autoridades estaduais de saúde afirmam que os casos são importados, oriundos de pessoas que viajaram ou que tiveram contato com quem viajou. A primeira notificação, em março, foi de uma criança de um ano de idade, não vacinada, da cidade São Luiz Gonzaga, que se contaminou em viagem à Europa, local onde está ocorrendo um surto da doença.
A segunda confirmação foi de uma estudante de 25 anos, de Porto Alegre, que esteve em Manaus, local onde também se registra surto de sarampo. Através dela, outros quatro moradores da Capital se contaminaram.
A principal forma para evitar o contágio é através da imunização. De acordo com Juarez Cunha, pediatra do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do RS, o sarampo era uma das principais causas de morte entre crianças antes da aplicação da vacina.
De acordo com o Ministério da Saúde, as Américas foram consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. Agora, o Brasil possui 351 casos confirmados, todos considerados importados ou relacionados à importação, sendo duas mortes registradas em decorrência da doença.
Além do Rio Grande do Sul, o sarampo está presente nos estados de Roraima, Amazonas e São Paulo. Antes de ocorrer o processo de eliminação do vírus, o último caso confirmado em solo gaúcho foi em 1999. Em 2010, houve oito casos importados e, em 2011, foram sete. Desde então, o Estado não havia registro da circulação do vírus.