Após o Rio Grande do Sul ter seis casos de sarampo confirmados recentemente, a doença, que estava oficialmente erradicada no Brasil desde 2016, voltou aos holofotes. Na última quarta-feira (13), inclusive, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) emitiu uma nota de alerta aos especialistas do Estado sobre o risco de surgimento de casos de sarampo na região. No comunicado, a entidade ressalta que é imprescindível detectar e notificar rapidamente qualquer caso suspeito, o que possibilitará que medidas de controle sejam realizadas, interrompendo a cadeia de transmissão.
Em contato com GaúchaZH, a consultora do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia, Rosana Richtmann, esclarece, abaixo, pontos-chave sobre como lidar com a doença.
O que é
Com grande potencial de transmissibilidade, o sarampo é uma doença infecciosa e contagiosa causada por vírus.
Sintomas
Inicialmente, é comum a verificação de febre alta, acompanhada de tosse intensa, coriza e secreção pelo nariz. Pode haver conjuntivite. Posteriormente, manchas roxas aparecem na pele. Geralmente, elas iniciam na cabeça e vão descendo para as pernas.
Caso não seja controlada, pode resultar em complicações pela ação do vírus, como pneumonia e encefalite (inflamação no cérebro).
Quais são os tratamentos?
Não existe remédio antiviral ou tratamento específico para o sarampo. Recomenda-se acompanhamento médico, com hidratação, repouso e cuidados com os sintomas para que o paciente fique estável até que o ciclo passe. Em média, as pessoas se recuperam entre sete e 10 dias.
Contaminação
O vírus pode se espalhar pelo ar, via tosse, espirro e secreção respiratória. Por ser um tipo leve, ele se mantém mais tempo "flutuando" no ar, o que facilita a transmissão em relação a outras doenças.
Prevenção
O sarampo pode ser evitado com a aplicação de vacina. Crianças devem tomar duas doses para prevenir a doença. A primeira ao completar um ano (tríplice viral) e a segunda três meses depois (tetra viral). É recomendável que quem não souber se fez a vacina na infância realize o procedimento, visto que não há complicações caso faça pela segunda vez. Quem é vacinado não precisa se preocupar, pois ela previne durante toda a vida.
Outra maneira de evitar a propagação da doença é deixar os ambientes arejados, com ventilação, para que o vírus se dissipe mais facilmente.