O prefeito Sebastião Melo vetou parcialmente o projeto de lei que autoriza a retirada das portas giratórias dos bancos de Porto Alegre. Esta segunda-feira (20) era a data-limite para que o executivo se manifestasse a respeito do tema.
O trecho vetado envolve o inciso que permitia a retirada do equipamento de segurança caso o banco contasse com um plano de segurança aprovado pela Polícia Federal. No entanto, a PF não estabelece a instalação das portas giratórias.
— Entendo que o fator segurança para os bancários e para os cidadãos é a questão fundamental. Então, decidi pelo veto para aquilo que entendi que poderia ter alguma brecha que levasse a alguma insegurança — ressaltou Melo.
Com essa decisão, segue mantida a obrigatoriedade de portas giratórias em todas as agências bancárias com circulação de dinheiro. Já para os postos de atendimento e postos de atendimento eletrônico não há a necessidade de colocação do equipamento de segurança.
O Executivo ainda manteve a determinação do projeto de lei que estabelece um sistema de monitoramento ininterrupto em regime de 24 horas por sete dias da semana para as agências que não possuírem as portas giratórias.
O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) entendeu como uma vitória parcial a decisão de veto do prefeito. Por meio de nota, o sindicato ressaltou que a pressão feita chamou a atenção para fragilidade que o projeto de lei traz.
No entanto, o SindBancários afirma que o veto não contempla todas as demandas da categoria, pois o prefeito decidiu acolher a lógica dos bancos, fragilizando agências que, mesmo sem o atendimento de caixa, possuem movimentação de dinheiro.
Por fim, o sindicato ressalta que foi evitada uma barbárie e que a categoria seguirá lutando para proteção de todos.
Confira a nota do SindBancários
Assim como o veto foi parcial, nossa vitória também foi parcial. Consideramos que a pressão feita chamou a atenção para fragilidade que o PL traz, porém o veto não contempla todas as nossas demandas. O prefeito embora tenha nos ouvido, e também aos vereadores que repensaram o seu voto, pela sua decisão acolheu a lógica dos bancos, fragilizando agências que, mesmo sem o atendimento de caixa, possuem movimentação de dinheiro. Evitamos uma barbárie, mas seguiremos lutando para proteger a todos.