Passear, andar de pedalinho e até mesmo nadar no Arroio Dilúvio é um sonho distante, mas não impossível. Porto Alegre viu nas últimas décadas vários projetos de despoluição e revitalização do córrego que corta a cidade. Mas, até agora, nenhum saiu do papel.
Uma dessas propostas foi apresentada à prefeitura da Capital e ao governo do Estado no ano passado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS. Em entrevista ao Perimetral Podcast, o engenheiro e professor do IPH Fernando Dornelles explicou que o projeto inclui a limpeza do arroio no entorno da PUCRS a fim de proporcionar um contato secundário com a água:
– A gente pensou numa maneira de desviar uma pequena parte, para que se possa fazer uma melhoria da qualidade da água no próprio leito do Dilúvio.
Um outro projeto, apresentado em maio deste ano pela prefeitura de Porto Alegre durante uma viagem à Europa, prevê a transformação do Dilúvio a partir de recursos da venda de índices construtivos na Avenida Ipiranga. Sobre essa proposta, a arquiteta Ana Rosa Sulzbach Cé diz que o ideal seria uma solução mais factível para a realidade da Capital.
– Eu preferiria ver uma solução genuína para o nosso caso real. Cada cidade é única, tem seu espaço físico, sua população, cultura e economia. Acho que temos que criar uma solução nossa, Porto Alegre – defende.
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