A intervenção urbanística que está ocorrendo na única ciclovia do município de Barra do Ribeiro, na região metropolitana de Porto Alegre, deixou curiosos moradores que circulam pela Avenida Visconde do Rio Grande. A via dá acesso à área central do município, através do bairro Pavão, passando pela frente da empresa Tecnoplanta, que atua no cultivo agroflorestal.
O percurso, que seguia o mesmo traçado do passeio público e da rua, é de 570 metros e teve parte das pedras de pavimento removidas nas últimas semanas, causando preocupação. Tanto que o caso acabou parando no Ministério Público Estadual (MP), na forma de um requerimento de investigação, encaminhado por um representante da comunidade.
Sensível ao pedido, o MP designou uma diligência para averiguar a situação. A preocupação, contudo, não se confirmou em um problema de dano ao patrimônio público e, em breve, irá se demonstrar como uma novidade a ser experimentada pela população que utiliza o transporte de bicicletas. A representação foi arquivada.
A obra no local acontece por iniciativa da prefeitura do município, em parceria com a empresa instalada na cidade. A intervenção está transformando parte do traçado da ciclovia em uma ciclofaixa, transposta para o outro lado da avenida. O trecho modificado corresponde a 278 metros.
A área liberada na frente da indústria dará espaço a estacionamento para veículos e à revitalização do passeio público, a partir do acesso para a cidade pela rodovia RS-709. Os demais 292 metros da ciclovia serão mantidos em sua forma original, seguindo em direção ao centro da cidade.
Travessia é novidade
A novidade, a qual terá de ser testada pelos usuários no município, é a travessia por uma faixa de pedestres e bikes na altura da calçada, conectando a nova ciclofaixa, no lado oposto ao passeio em frente à empresa, até o outro lado, onde prosseguirá pelo curso da velha ciclovia. Com isso, a travessia funcionará também como um redutor de velocidade para os automóveis.
A extensão, somados os dois trechos, continuará a mesma. A largura em ambas permanecerá de 1,5 metro. Conforme Gabriela Padula de Souza, engenheira civil do município e responsável pelo projeto, a estrutura receberá adequações para se enquadrar em normas de segurança viária.
A prefeitura entrará com máquinas, equipamentos, estrutura de drenagem pluvial e material granular para assentar o pavimento. A empresa patrocinará o material para pavimentação e pagará pessoal para colocar os blocos de concreto no chão. A obra, segundo a engenheira da prefeitura, será entregue à comunidade em cerca de 40 dias.