O secretário municipal de Inovação, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, abordou nesta quinta-feira (31) as ações estratégicas do Pacto Alegre para 2022, no penúltimo dia de atividades gratuitas promovidas pelo Instituto Caldeira em sua sede, localizada no 4º Distrito. O encontro foi realizado no estúdio local.
— A marca de Porto Alegre precisa aparecer em tudo que é canto agora e entrar por todos os lados. Mas o mais importante no meu coração é o Cidade Educadora. A inovação depende da formação de talentos. É um projeto que estamos olhando com muito carinho — revela Pinto, que também ocupa o cargo de coordenador do Pacto Alegre.
O próprio Instituto Caldeira, que oferece eventos gratuitos até esta sexta-feira (1°), em comemoração ao primeiro ano de operações em sua sede, foi o primeiro projeto a sair do papel do Pacto Alegre – iniciativa que busca articular representantes de universidades, empresas e sociedade civil para estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de projetos que tragam melhorias para a cidade.
Pinto listou as ações previstas e que estão em andamento para 2022.
— Temos algumas coisas importantes em desenvolvimento, como a própria aplicação da marca. Mas há os projetos aprovados em setembro e que começam a ganhar tração, como o Cidade Educadora, que se divide em muitas coisas bacanas, como as Olimpíadas da Inovação. Há o Cidade das Startups, o POA Digital, o desenvolvimento das políticas para o 4° Distrito. Essas são coisas que vão animar a cidade neste 2022 — enumera.
O começo do evento desta quinta-feira serviu para o palestrante contar aos presentes a história do surgimento do Pacto Alegre e do próprio Instituto Caldeira, que busca impulsionar transformações e novos negócios por meio da conexão entre empresas, startups e agentes de inovação na Capital. O Caldeira funciona no local onde ficava a sede das antigas fábricas das Indústrias A.J. Renner e conta com uma área de 22 mil metros quadrados.
— O Caldeira nasce no dia do aniversário do Pacto Alegre e da cidade. Já são três anos de Pacto Alegre — cita o coordenador.
O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e do Tecnopuc, Jorge Audy, relembrou, em detalhes, os primeiros encontros e reuniões que deram vida ao Pacto Alegre.
— Apresentamos uma visão de futuro. Muitos empresários compraram a ideia e logo veio o primeiro projeto do Pacto Alegre. Os 42 fundadores do Instituto Caldeira vêm daquele movimento. E o idealizador do movimento é o Pedro Valério — disse Audy, entregando um quadro comemorativo a Valério em homenagem ao Caldeira.
O CEO do Instituto Caldeira agradeceu pela consolidação do projeto e reverenciou alguns dos principais envolvidos. Na sequência, o prório Audy e Pinto foram agraciados com placas pelo anfitrião.
— O Pacto nunca foi tão importante. Trata-se de uma visão de longo prazo, e quem vai colher os frutos são os nossos filhos, as novas gerações — observa Valério.
Em função dos compromissos acumulados, entre os quais o de secretário municipal de Inovação, Luiz Carlos revelou que outras três pessoas, a partir de agora, compartilharão a função de coordenador do Pacto Alegre com ele. Todos já participam do projeto de alguma maneira – Ricardo Gomes, Leonardo Gonçalves e Daniela Lompa Nunes.
— O novo momento do projeto é trabalhar a marca. Precisamos criar espaços e experiências com moradores e visitantes. Estamos desenvolvendo isso neste momento — diz Daniela, exibindo imagens da marca em camisetas, sacolas e squeezes de água.
Em 27 de abril, um site com a marca e informações sobre Porto Alegre será lançado em comemoração aos três anos do Pacto Alegre.
— A marca está aí pronta. Estamos trabalhando elementos 3D para usar a marca na orla do Guaíba, no Cisne Branco, no próprio Caldeira e em diversos lugares — disse Pinto.
A apresentação do projeto POA Cidade das Startups foi feita por um dos integrantes, Tiago de Abreu, que antecipou que a proposta é tornar Porto Alegre líder nacional e referência internacional na geração de negócios inovadores.
— O objetivo possui três estratégias: mapear a estrutura de dados da cidade, comunicação, ou seja, como comunicar que Porto Alegre é a cidade das startups, e desenvolver startups que gerem impactos ambientais e sociais — explicou para a plateia.
Aspectos do projeto Cidade Educadora foram apresentados pela dupla Leonardo Gonçalves e Alexsandro Machado, ambos ligados ao Pacto Alegre.
— O projeto das Olimpíadas da Inovação nasceu em Barcelona, na Espanha. Já vem acontecendo e envolve escolas públicas e possui outros atores envolvidos. É um grande projeto — avalia Gonçalves, ressaltando que em 29 de abril, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), haverá um evento para discutir as perspectivas e caminhos para as cidades que querem ser educadoras.
Inclusão social
Entre os presentes, havia um grupo formado por 26 alunos da Fundação Tênis, organização não governamental e sem fins lucrativos que realiza um programa social, esportivo e educacional com jovens e crianças. Durante a Semana Caldeira, os estudantes do Ensino Médio, muitos deles integrantes da primeira turma do Programa Jovem Aprendiz, acompanharam as atividades gratuitas no local.
— Quando começamos a dar oportunidades e a plantar sementes, mostrando que eles podem mudar a vida deles, esses jovens começam a pensar em outras possibilidades — reflete o superintendente da Fundação Tênis, Luis Carlos Enck.
— Acho legal estar aqui porque nessas diversas palestras surgem conversas e experiências diferentes para nós — diz Guilherme Soares, 17 anos, estudante do segundo ano do Ensino Médio e vinculado ao núcleo PUCRS da Fundação Tênis.
O colega Alan David, 18, também estudante do segundo ano e integrante do núcleo do Parque Marinha do Brasil, demonstrava alegria por estar na apresentação:
— A gente aprende mais e descobre informações de outros lugares além do nosso.