Foi instalado no Mercado Público de Porto Alegre um telão que será utilizado para monitorar a atividade de 476 pontos, através de detectores de incêndio. O equipamento está localizado na área central e auxilia na identificação de ocorrências como a alteração brusca de temperatura, vazamento de gás e fumaça. Em caso de emergência, o próprio equipamento aciona automaticamente uma sirene.
O aparelho ficará ligado 24 horas por dia e é um adicional ao Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). A tela mapeia todas as lojas, em cor verde. Caso aconteça algum imprevisto, a cor muda para amarelo sinalizando risco e, se alterar para vermelho, o alarme é acionado. O sistema é conectado a central de monitoramento por radiofrequência do Mercado, que foi instalada em dezembro de 2019. A tela depende do sistema de wi-fi para ficar ativa, mas caso se desligue, a central continua ativa, monitorando o risco.
O equipamento foi adquirido pela Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), responsável por acelerar a reabertura do segundo andar que está fechado desde julho de 2013, quando um incêndio de grandes proporções atingiu o prédio histórico. Entre o final de 2016 e setembro de 2017, as obras pararam completamente por falta de recursos - a época provenientes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Atualmente a Ascomepc é responsável pela obra. Segundo a presidente da associação, Adriana Kauer, as obras estão paralisadas por conta do edital que prevê a concessão do Mercado Público a iniciativa privada. Ainda não há prazo para a finalização dos reparos a rede elétrica do prédio que foi danificada no incêndio.
No início deste ano, um novo incidente provocou um princípio de incêndio em uma lancheria do Mercado. O fogo foi rapidamente controlado e não houve avaria na estrutura do prédio. O incêndio foi detectado pela central de monitoramento que acionou os brigadistas do Mercado Público que controlaram a situação até a chegada dos bombeiros.
De acordo com Adriana Kauer, presidente da associação esta situação acabou sendo um teste do equipamento, que na época não contava com a tela. A central com seus aparatos custaram 400 mil reais.
— Pra nós é uma tranquilidade saber que contamos com essa tecnologia. Aquela situação acabou nos comprovando a eficácia do sistema. A tela espelha todo esse sistema, deixando mais visível todas as lojas e bancas.
Segundo Adriana, o sistema é o mesmo utilizado em igrejas tombadas de Minas Gerais. Como utiliza ondas para a comunicação, não é preciso fazer nenhum tipo de perfuração, preservando o patrimônio histórico. Além dos detectores, atualmente o Mercado Público conta com 468 pontos de iluminação de emergência.