O temporal que atingiu Porto Alegre no final da tarde de quarta-feira (15) afetou diversos pontos da cidade, principalmente na Zona Sul. Na manhã desta quinta (16), mais de 12 horas após a tempestade, os transtornos ainda eram visíveis na região.
A Rua Corrêa Lima, no bairro Santa Tereza, por exemplo, tinha galhos espalhados nas calçadas em boa parte de sua extensão. Na esquina com a Rua Mutualidade, cones bloqueavam a via, uma quadra antes do local onde uma árvore foi cortada ao meio pelo vendaval, caindo e derrubando um poste de energia.
— Eu estava no ônibus e ele parou bem perto de onde o poste caiu. Deu aquele clarão e, quando olhei, (a árvore) estava vindo a baixo — relembra o zelador Roberto Soares, 50 anos.
Ônibus e veículos particulares precisavam desviar pela Rua Banco da Província. Moradora da região, a aposentada Helga Dressler, 78 anos, saiu de casa após ouvir um estouro e diz que, quando chegou ao pátio, viu uma árvore cortada ao meio, como se tivesse sido serrada.
— Primeiro caiu a luz. Depois deu outro barulho maior. Achei que era transformador, mas era a árvore, já caída — conta a moradora da parte alta do Santa Tereza, que está sem luz desde as 18h de quarta-feira.
O bairro Cruzeiro do Sul também amanheceu com os estragos da chuva visíveis. Na Avenida Divisa, uma das principais vias de comércio da região, árvores foram arrancadas pela base. Fios de telefonia sustentavam o tronco, única proteção rente ao solo.
— Graças a Deus só estamos sem luz. Vou carregar as máquinas de cartão de crédito ali no mercado, que tem gerador — afirma Claudia Morim, 48 anos, uma das proprietárias de uma loja de materiais de construção.