Pouco mais de um mês após os primeiros registros, neste ano, de peixes mortos em grande volume no Arroio Dilúvio, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, o local voltou a chamar atenção de quem passa por alguns trechos de sua extensão. Nesta terça-feira (24), muitas algas têm aparecido à margem do arroio – o que, somado à sujeira e ao baixo nível da água, contribui para um cenário de mau-cheiro e expõe o lixo espalhado pelo curso do riacho.
Ao longo de quase 2 quilômetros, entre a Avenida Erico Verissimo e a Avenida Borges de Medeiros, é difícil não ver um lado do Dilúvio lotado de algas. Morador do bairro Praia de Belas, o eletricista Paulo Vargas afirma que começou a ver tamanha incidência nesta semana, mas que o fenômeno se repete com frequência ano a ano.
— Neste ano, acho que começou ontem, talvez um pouquinho antes. Mas sempre tem isso. Quando não é peixe morto, é lixo espalhado ou alga acumulada — lamenta ele.
Conforme a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), o caso é normal, já que o calor ajuda na proliferação de algas no local. Questionada sobre a possibilidade de isso estar associado também à falta de oxigênio, que, conforme um relatório preliminar do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), foi o que causou a recente mortandade de peixes no arroio, a assessoria de comunicação da pasta afirmou:
"O baixo índice de oxigênio na água, ocorre principalmente devido a motivos como redução do nível do arroio, com concentração de matéria orgânica, proveniente principalmente do despejo de esgoto não tratado e descarte de resíduos".