Dezenas de peixes apareceram mortos na manhã desta quinta-feira (21), no Arroio Dilúvio, localizado na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Os animais estavam logo após a barreira ecológica, instalada entre as avenidas Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva, próximo ao Guaíba.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) irá vistoriar o local. Em nota, a Smams informou que uma das possíveis causas para "o aparecimento de peixes mortos é a falta de oxigênio na água, devido à decomposição da matéria orgânica". Mas ressaltou que o dilúvio é um "um corredor de biodiversidade".
Os animais mortos foram flagrados por trabalhadores da região.
— Percebemos os peixes subindo para a superfície para pegar ar e, em seguida, voltavam de lado — contou Edson Peixoto, 52 anos, que trabalha no Fórum Central.
Esta não é a primeira vez que isso ocorre. Em maio deste ano, peixes foram encontrados mortos na região da Avenida Praia de Belas. Em 2010, a água ficou coberta de animais mortos em um trecho. Em 2009, um cardume não aguentou a quantidade de alvejante que havia sido jogado pelo esgoto no riacho. Dois anos antes, milhares de lambaris, jundiás e carás acabaram morrendo também em razão de substâncias químicas.
Confira a íntegra da nota da Semans
A Equipe de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) recebeu na manhã de hoje, 21, a informações de que alguns peixes mortos foram identificados no Arroio Dilúvio. Uma equipe técnica da Smams irá vistoriar o local.
Apesar de poluído, o arroio Dilúvio é um corredor de biodiversidade e recebe carga orgânica farta, possibilitando que muitos organismos invertebrados, como larvas, se desenvolvam. “Não é um ambiente em equilíbrio, mas tem alimento para os animais, por isso, é comum avistar peixes, cágados e aves em suas águas”, salienta a bióloga Soraya Ribeiro. Uma das causas para o aparecimento de peixes mortos é a falta de oxigênio na água, devido à decomposição da matéria orgânica.