Centenas de peixes mortos no Arroio Dilúvio chamaram a atenção dos porto-alegrenses nesta quarta-feira. Ao longo do leito, alguns animais mortos e outros vivos se debatiam nas águas sujas e poluídas do arroio que corta a Avenida Ipiranga, na Capital.
O fato ocorre deste o fim da tarde de ontem, mas se intensificou nesta manhã. Os animais boiavam entre garrafas, sacolas plásticas e outros dejetos.
- Passo por ali (Ipiranga) todos os dias. Já teve isso em outros anos, mas o que aconteceu agora foi demais. Olho sempre para o dilúvio para ver o volume da água e me apavorei - diz o aposentado Marcos Pereira, 48 anos.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, professor Carlos Garcia, técnicos do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) foram chamados ao local para fazer a coleta da água, no trecho próximo à Avenida Erico Verissimo, no bairro Azenha. O resultado deve sair entre hoje e amanhã.
- Tinha bastante gente olhando. As aves estavam fazendo a festa por ali - brinca o jornalista Márcio de Almeida Bueno.
- O interessante é ver que havia peixes vivos ali, que é possível ter vida no Dilúvio. Dá esperança de que nem tudo está destruído - completa.
A mortandade de peixes no Dilúvio já ocorreu em outros anos. Em 2009, um cardume não aguentou a quantidade de alvejante que havia sido jogado pelo esgoto nas águas do riacho, que corta Porto Alegre. Dois anos antes, milhares de lambaris, jundiás e carás acabaram morrendo também em razão de substâncias químicas. A retirada dos peixes mortos ficou a cargo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
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Pelas Ruas: peixes mortos no Arroio Dilúvio espantam moradores de Porto Alegre
Mar de espécies cobria grande parte do leito na manhã desta terça-feira
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