O forte odor e uma camada de materiais orgânicos no Arroio Dilúvio, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, geraram incômodo nos pedestres que passam próximo ao local, na tarde desta quinta-feira (5).
Na parada de ônibus, em frente a um shopping, muitas reclamações. Uma estudante que usa transporte público na região disse à reportagem que chega a tapar o nariz para passar pelo local. Alguns pedestres que passavam próximo ao Dilúvio faziam caretas.
Funcionária de um prédio comercial no bairro Menino Deus, a enfermeira Thaís Vieira, de 42 anos, passa diariamente pelo local e diz que o odor aumentou entre quarta (4) e quinta.
— Na praça de alimentação do prédio, o cheiro é terrível. A gente também vem para o shopping e passa por aqui. Está demais o cheiro. Aumentou", frisou.
Procurada pela reportagem, a prefeitura disse que o forte odor pode ter origem no descarte de lixo doméstico e de resíduos tóxicos, além do despejo de esgoto irregular. Recentemente, um grande número de peixes foi encontrado morto no Dilúvio.
Confira a íntegra da nota da prefeitura
O arroio Dilúvio sofre com descartes de lixo doméstico, com excesso de assoreamento, descartes clandestinos de resíduos tóxicos que às vezes são constatados mas de origem desconhecida e com despejos de esgoto bruto, vindos de vários locais de Porto Alegre e Viamão. Sofre também com as ocupações irregulares às margens de afluentes do Dilúvio (arroios Moinhos, Mato Grosso e a represa Lomba do Sabão, entre outros) que impactam na diminuição da disponibilidade do oxigênio para a vida aquática e nas características do arroio.