Planejado como projeto-piloto da revitalização do Cais Mauá, em Porto Alegre, o Embarcadero deve retomar as obras de implantação nesta terça-feira (15).
Conforme um dos sócios da DC Set Produções, Eugênio Correa, responsável pela iniciativa ao lado da empresa Tornak Participações e Investimentos, nesta segunda (14) foi assinado um aditivo ao contrato com a Cais Mauá do Brasil para recomeçar o trabalho no local.
A decisão do governo estadual de romper o contrato com a Cais Mauá levou a uma briga jurídica pelo uso da área ainda sem prazo para terminar. Uma decisão da Justiça Federal favoreceu a empresa ao manter a validade do contrato com o Estado e permitiu que ela retomasse o projeto do Embarcadero com os investidores privados. Mas, segundo Correa, o chamado "marco zero" da revitalização deve sair do papel mesmo no caso de nova reviravolta nos tribunais.
— Entramos em acordo tanto com o governo estadual quanto com a Cais Mauá do Brasil. Se a empresa se mantiver responsável pela posse da área, pagamos a ela a outorga pelo uso do espaço. Se voltar para o Estado, apenas transferimos o pagamento, inclusive no mesmo valor — afirma o sócio da DC Set.
A intenção é retomar obras de infraestrutura, como escoamento e esgoto, para posterior montagem das estruturas temporárias. A previsão é finalizar as intervenções em fevereiro e, se não houver novas surpresas, abrir a atração à população em março – mês de aniversário da cidade.
Sócio-diretor da LAD Capital, que administra o fundo de investimento Cais Mauá, Luiz Felipe Favieri diz que segue acreditando no projeto-piloto:
— Inclusive, já era para estar 100% pronto caso o governo não tivesse rompido o contrato.
Por enquanto, está funcionando apenas um estacionamento privado na área. Procurada por GaúchaZH, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado divulgou uma nota no final da tarde informando que o governo "não foi comunicado formalmente da retomada das obras de implantação do Cais Embarcadero, tampouco autorizou o projeto — conforme exige o contrato de arrendamento. Nesse sentido, o Estado reforça o seu compromisso com a utilização desse espaço em benefício da população gaúcha."