A Polícia Civil investiga a possibilidade de o incêndio que atingiu o Hospital Fêmina, em Porto Alegre, no sábado (16) ser decorrente de ato criminoso. Imagens captadas por uma das câmeras de segurança do hospital mostram um homem em atitude suspeita junto a uma da salas atingidas pelo fogo. O suspeito foi flagrado mexendo no equipamento de filmagem que estava direcionado para o local onde o fogo teria começado.
A administração do hospital registrou ocorrência na 10ª Delegacia da Polícia Civil e entregou as imagens. Pelo fato de o hospital pertencer à União, pode ocorrer de a apuração ser deslocada para a Polícia Federal (PF).
Por enquanto, conforme o subchefe da Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes, a Polícia Civil fará apuração preliminar e, se for o caso, mandará o material para a PF. Testemunhas já foram ouvidas na 10ª DP.
O incêndio ocorreu na tarde do sábado (16), atingindo salas do sexto andar. Dois andares tiveram que ser evacuados. Trinta pacientes, entre eles 18 bebês da UTI neonatal, foram transferidos para outros hospitais. Eventual negligência por parte do hospital nas medidas necessárias para prevenção de incêndio também será verificada pela polícia.
Na manhã desta segunda-feira (18), a emergência do hospital está fechada, com previsão de normalizar o atendimento apenas na quarta-feira (20). A direção do Grupo Hospitalar Conceição promete falar nesta segunda-feira sobre o caso, também explicando o motivo de o hospital não ter Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) nem projeto tramitando junto ao Corpo de Bombeiros.
GaúchaZH apurou que o projeto para concluir o plano com aprovação dos Bombeiros está parado desde 2008, quando o Fêmina tentou impugnar uma multa.