Um incêndio atingiu o Hospital Fêmina, em Porto Alegre, na tarde deste sábado (16). As chamas começaram por volta das 16h30min, em um espaço sem pacientes no sexto andar, e foram controladas após cerca de 15 minutos de trabalho do Corpo de Bombeiros. Tanto a corporação quanto o hospital afirmam que o fogo não deixou vítimas.
O Fêmina está localizado na Rua Mostardeiro, no bairro Rio Branco. As causas das chamas ainda não foram esclarecidas.
A instituição, que pertence ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), é voltado à mulher. Presta cuidados do pré-natal à gestante, faz partos e trata dos bebês e das mães com alguma complicação, como hipertensão ou dependência química. O hospital conta com 166 leitos.
Conforme a instituição, havia 33 pacientes internados no sexto andar do prédio. Superintendente do GHC, Adriana Denise Acker disse que, do total, 31 foram transferidos para outros hospitais de Porto Alegre. Os outros dois pacientes teriam sido removidos para diferentes locais dentro do próprio Fêmina.
Conforme o gerente da unidade de internação, Eduardo Trindade, bebês estão entre os transferidos.
— Como ainda não sabemos as causas do fogo, a medida é necessária para a segurança dos pacientes — explica Trindade.
Primeiro-tenente do Corpo de Bombeiros na Capital, Jerri Ramos, que atendeu à ocorrência, informou que as causas do incêndio deverão ser apontadas somente após perícia. Testemunhas relataram que nenhuma sirene para evacuação do prédio foi ouvida no momento do fogo.
Do pátio do hospital, é possível observar as marcas deixadas pelas chamas, como janelas quebradas. A apreensão causada pelo incêndio atraiu grande concentração de pessoas à Mostardeiro.
O funcionário público aposentado Marcos Morales, 68 anos, viu da rua o início das chamas. Sua mulher, diz, está internada no hospital.
— Estava no meu carro, quando alguém gritou: "Fogo!". As labaredas já estavam bem altas. Minha preocupação foi para evacuar logo o local — relata.
Famílias com crianças foram acolhidas por moradores de um condomínio em frente ao Fêmina enquanto os bombeiros trabalhavam no local. Por causa da situação, a Mostardeiro foi bloqueada em frente ao hospital. Ambulâncias foram estacionadas na rua para transferir pacientes a outras instituições. Às 18h, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) liberou duas pistas para o fluxo de veículos.
O hospital ainda não confirmou o número total de pacientes internados no momento do incêndio.