A emergência do Hospital Fêmina, em Porto Alegre, está fechada para atendimento ao público externo nesta segunda-feira (18). A restrição ocorre desde sábado (16) e deve durar até quarta-feira (20).
O sexto andar da instituição pegou fogo no sábado e 31 pacientes tiveram que ser transferidos. De acordo com o médico Desidério Fulber, é necessária a higienização e o reparo na estrutura atingida pelo incêndio.
— A previsão é que, na quarta-feira, a emergência seja reaberta. O importante é que nenhum dos pacientes que foram transferidos teve algum tipo de problema — garantiu.
Dos 31 pacientes que necessitaram ser transferidos, 17 eram bebês recém-nascidos que permanecerão nos hospitais para os quais foram encaminhados. Dez gestantes de risco foram levadas para o Hospital Conceição e estão sendo monitoradas.
As outras 94 pacientes que seguem internadas no Fêmina estão sendo atendidas normalmente. O bloco cirúrgico também está aberto e as gestantes com consulta agendada no ambulatório estão sendo atendidas.
60 dias para apresentar explicações
Como mostrado por GaúchaZH no domingo (17), o projeto do hospital para obter o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) está parado há mais de 10 anos. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda, o comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, Luiz Carlos Neves Soares Junior, afirmou que a casa de saúde foi notificada pelo órgão e tem 60 dias para apresentar esclarecimentos.
— Fizemos notificação para apresentação do plano de prevenção contra incêndio. Após isso, a questão é multa.
Durante o combate as chamas, a equipe de bombeiros não encontrou hidrantes no local, que ajudariam no trabalho. Testemunhas que estavam no local no momento das chamas relataram que nenhuma sirene para evacuação foi ouvida — conforme o comandante, ainda é apurado se a instituição não tinha esse sistema ou se ele não funcionou.