Suspeito de mexer em câmeras de segurança do Hospital Fêmina minutos antes do incêndio do último sábado (16), o técnico em enfermagem da casa de saúde negou as acusações. Na tarde desta segunda-feira (18), o homem de 50 anos prestou depoimento na 10° Delegacia de Polícia, após ser intimado pelos investigadores.
Questionado pela reportagem, depois de ser ouvido pelos policiais, ele disse que está sendo acusado injustamente.
— Eu não mexi nas câmeras. Jamais faria uma coisa dessas. Eu não vi nenhuma imagem. Não me mostraram nada. Estão me acusando de uma coisa injustamente — disse o técnico em enfermagem à GaúchaZH.
A direção do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) disse que demitiu o funcionário por justa causa. Ele atuava desde o ano passado no Fêmina, sendo que tinha vínculo com o GHC há três anos.
Segundo a assessoria de imprensa do grupo, o homem teria sido flagrado nas imagens alterando a direção da câmera. Em seguida, ele foi visto entrando e saindo duas vezes da sala de “maneira suspeita” e, “repentinamente, o fogo teria começado”.
Segundo a polícia, no local do incêndio havia berços e outros materiais, mas não tinham documentos.
O incêndio ocorreu na tarde de sábado (16), atingindo salas do sexto andar. Dois andares tiveram que ser evacuados. Trinta pacientes, entre eles 18 bebês da UTI neonatal, foram transferidos para outros hospitais.
A direção do Grupo Hospitalar Conceição deverá se manifestar oficialmente sobre o caso nos próximos dias. O hospital não tinha Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI).