A Polícia Civil esteve no Hospital Fêmina, em Porto Alegre, nesta segunda-feira (18) para coletar elementos que possam ajudar a esclarecer as circunstâncias do incêndio que atingiu a instituição no sábado (16).
Uma das linhas verificada é se o fogo teria sido causado de forma criminosa por um homem ligado ao hospital. Policiais fizeram buscas em armários de funcionários e pelo menos uma pessoa chegou a ser conduzida para a 10ª Delegacia de Polícia (DP) para prestar depoimento nesta tarde.
O delegado Ajaribe Rocha Pinto, da 10ª DP, confirmou que armários de alguns funcionários foram verificados. Os policiais também aguardam a análise de imagens captadas por câmeras do hospital, além do resultado de perícias.
– Estamos conversando com as pessoas, identificando quem estava trabalhando em cada local naquele momento, verificando alguns armários, buscando elementos para o quebra-cabeça – afirmou Ajaribe.
Para a delegada Adriana Regina da Costa, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana, ainda é cedo para afirmar que alguém ligado ao hospital seria suspeito do incêndio.
Funcionários, testemunhas e integrantes da segurança estão sendo intimados a depor. Já houve depoimentos no próprio domingo (17), quando a administração do hospital procurou a polícia para falar sobre as imagens que apontariam um suspeito. O principal foco do trabalho agora é verificar se o homem visto nestas imagens tem mesmo relação com o incêndio. Ele estaria em atitude suspeita junto a uma das salas que foi consumida pelo fogo.
O incêndio ocorreu na tarde de sábado, no sexto andar. O local precisou ser evacuado. Pelo menos, 30 pacientes, entre eles 18 bebês da UTI neonatal, foram levados para outros hospitais. A emergência do Fêmina está fechada. A expectativa de reabertura é na quarta-feira.
Também deve ser analisada pela polícia eventual negligência do hospital com medidas necessárias à prevenção de incêndios. GaúchaZH apurou com o Corpo de Bombeiros que além de não ter Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI), o Fêmina não tem sequer projeto de PPCI tramitando. O que existia está parado desde 2008.