Os proprietários dos quatro bares que ficarão na nova orla do Guaíba terão uma série de regras para seguir. Tendo o espaço como um novo ponto turístico da capital, o edital lançado pela prefeitura de Porto Alegre determina que os estabelecimentos abram às 10h, horário que, atualmente, não costuma registrar muito movimento nos dias de semana. Durante a noite, o funcionamento tem que ocorrer, no mínimo, até as 20h, podendo se estender até mais tarde, conforme a legislação municipal. O proprietário poderá fechar o bar um único dia da semana, que não pode ser sexta, sábado e domingo.
A lista de normas proíbe a venda de cigarros e cervejas, mas permite a venda de chope. A regra, entretanto, é um erro da prefeitura, conforme o diretor de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Denis Carvalho: o que está proibido, na verdade, é a venda de bebidas alcoólicas em garrafas, latas e copos de plástico. Uma retificação deve ser publicada pela pasta na próxima semana.
Também está vedada a colocação de qualquer objeto nas paredes dos bares e fixação de propagandas políticas. A preparação de alimentos na parte externa está banida. Além disso, não é permitido colocar equipamentos que atrapalhem a circulação de pessoas em frente aos estabelecimentos.
Os proprietários são obrigados a manter boa limpeza nas partes interna e externa dos bares. Os banheiros devem estar em perfeitas condições, com papel higiênico e sabonetes à disposição. Os donos também devem arcar com os custos de segurança, caso necessário. Eles poderão operar como bar, café, pizzaria sem forno à lenha, lancheria, confeitaria, restaurante e sorveteria.
Cada estabelecimento tem 193 metros quadrados na parte interna e 413 metros quadrados na parte externa. Eles contarão com ar condiconado, quatro banheiros, dois vestiários, dois depósitos, balcão, espaço para mesas dentro e fora, além de área de circulação. Os espaços externos estão voltados para o Guaíba.
Os quatro bares ficam posicionados ao longo do trecho entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias. Eles foram construídos no espaço entre o calçadão e o Guaíba. Cada proprietário terá de pagar R$ 7.850 mensais. Os contratos são de 36 meses prorrogáveis por mais 36. O descumprimento das regras e o não pagamento inclui uma série de penalidades podendo chegar ao cancelamento do contrato.
Na semana passada, a prefeitura divulgou o resultado de mais dois processos para escolha dos novos administradores dos bares da orla. A loja 2 será administrada pela Bonan Picon Pizzeria. Já a loja 3 teve como vencedor o Bar do Espartano. Os novos administradores ainda precisarão apresentar os projetos e a documentação necessária, que vão passar pela avaliação da prefeitura. Somente após essa etapa, os contratos serão assinados e os permissionários receberão as chaves para começar a montagem dos estabelecimentos.
O bar 1 já teve o permissionário escolhido: a empresária Soraia Maria Saloum Rosso, mais conhecida como Tia Carmen. A prefeitura ainda precisará concluir a exploração do quarto bar construído na orla. Como a licitação precisou ser relançada, o processo está mais atrasado do que os demais.
O estabelecimento mais próximo da inauguração é o restaurante panorâmico. O empresário Edemir Simonetti já trabalha na montagem do novo espaço gastronômico e previu que, até setembro, será possível abrir as portas.