A prefeitura de Porto Alegre projeta instalar 26 câmeras de videomonitoramento no trecho revitalizado da orla do Guaíba. O objetivo é coibir casos de vandalismo e aumentar a segurança na região, já que o movimento aumentou significativamente após a reabertura — a estimativa é de que, em média, 50 mil pessoas tenham passado pelo Parque Moacyr Scliar no último fim de semana.
A Secretaria Municipal de Segurança ainda não definiu prazo para a instalação — a prefeitura tenta viabilizar um recurso junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), que financiou a obra de revitalização. Hoje, há três câmeras no local.
Desde a revitalização do espaço, houve vandalismo em pelo menos dois pontos na praça Júlio Mesquita, que fica em frente à Usina do Gasômetro. O vidro das lâmpadas foi quebrado, o que causou problemas na parte elétrica.
A Guarda Municipal também tem notado um outro problema: reclamações referentes a flanelinhas. Há relatos da cobrança de até R$ 30 dos frequentadores para estacionarem o carro na região. Para tentar coibir o problema, há uma equipe que atua em conjunto com a EPTC na região.
Segundo o chefe da equipe operacional na orla, Marcelo do Nascimento, a Guarda Municipal trabalha com um posto fixo no local, de onde será feito o monitoramento das câmeras. Durante a semana, há 16 guardas, além dos agentes que trabalham em patrulhas e dos que trabalham em grupos com a EPTC — para coibir a ação de flanelinhas —, e com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para evitar o comércio ilegal.
— Nós notamos que o público na orla tem sido muito grande. As pessoas aguardavam esse encontro com o Guaíba. Por enquanto, não tivemos ocorrências graves. A maior parte das denúncias é em relação aos flanelinhas. O problema é que, quando chegamos até o local para verificar as denúncias, eles já saíram de lá. Nós tentamos trabalhar a prevenção com a presença da Guarda, coibindo a atividade abusiva — afirmou Nascimento.
O número de guardas circulando na orla varia entre 30 e 50 nos finais de semana e entre 20 e 30 durante a semana. O agente afirma que, nos casos em que o flanelinha for flagrado cobrando valores abusivos ou extorquindo os frequentadores, ele será levado à delegacia de polícia por agentes da guarda municipal.