Dedicada a encontrar o modelo ideal para bancar as obras, a prefeitura se mobiliza para lançar no ano que vem – mais precisamente em agosto – a licitação para revitalizar outros dois trechos da orla do Guaíba. O primeiro vai da Rótula das Cuias até o Arroio Dilúvio. E o segundo começa no Dilúvio e se estende até o Parque Gigante.
Apenas esse segundo trecho já tem um desenho pronto, elaborado pelo urbanista Jaime Lerner ainda na gestão Fortunati: será o “setor esportivo” da orla, com quadras de futebol, vôlei, tênis e beach tennis, além da maior pista de skate da América Latina, playgrounds e academias ao ar livre. Metade dos recursos para bancar essa etapa está garantida: R$ 35 milhões da Corporação Andina de Fomento (CAF) – que financiou o trecho inaugurado em junho, entre o Gasômetro e a Rótula das Cuias.
Para estudar a melhor forma de obter o restante da verba, o secretário Bruno Vanuzzi, de Parcerias Estratégicas, e outros assessores do prefeito Marchezan têm se reunido semanalmente com uma equipe do Unops, o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos – órgão da ONU que presta consultoria para governos de países subdesenvolvidos – e com técnicos do Instituto Semeia, especializado na elaboração de projetos para parques e praças.
Uma certeza é que o governo buscará parceiros na iniciativa privada: os próprios investidores deverão tocar as obras e, em troca, vão faturar depois com a exploração de restaurantes, bares e outros serviços. Também é provável que a prefeitura ofereça como permuta terrenos desocupados do município.
Outra hipótese é o governo emprestar às empresas parceiras, para futura realização de eventos, a estrutura do Anfiteatro Pôr do Sol – que faz parte do trecho da orla entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio, aquele ainda sem desenho. Até agosto do ano que vem, no entanto, a ideia é que todo o plano esteja pronto para que a licitação seja lançada. E para que a cidade receba, ao todo, mais três quilômetros de orla urbanizada – até agora, temos 1,3.