A greve dos municipários de Porto Alegre afeta, principalmente, a área da educação. Conforme levantamento da prefeitura, 20 escolas da rede pública municipal tiveram aulas suspensas e 63 instituições interromperam parcialmente o funcionamento nesta segunda-feira (23), 19º dia de paralisação. Apenas 16 unidades tiveram atendimento normal.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), dos 5.227 servidores vinculados à pasta, 387 estão paralisados. A SMS salienta, porém, que todas as unidades estão atendendo normalmente.
De acordo com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) seguem com atendimento ao público. O órgão informou que fez um remanejo de funcionários para cobrir o atendimento de albergues.
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) não divulgou um balanço. Além de pedir o fim do parcelamento de salários — que ocorre desde junho —, os municipários reivindicam a retirada dos projetos de lei enviados pelo Executivo à Câmara Municipal que alteram o Estatuto dos Funcionários Públicos e a Lei Orgânica. Entre as propostas da prefeitura, estão mudança ou extinção de gratificações, cessão de regime especial de trabalho e fim da licença prêmio.
Na tarde de segunda-feira, ocorreu a primeira reunião de negociação entre os servidores e o prefeito Nelson Marchezan. No encontro, ficou decidido que será criado um grupo para analisar os projetos criticados pelos servidores e que essas propostas não serão votadas nos próximos 40 dias na Câmara Municipal.