Anunciado como o novo secretário da Educação em Porto Alegre, Leonardo Pascoal (PL) afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, que pretende zerar a fila de espera por vagas na Educação Infantil, na etapa de creches, nos primeiros dois anos de governo.
Atualmente, há 3.077 crianças de zero a três anos de idade aguardando por vagas na Capital, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), o que corresponde a cerca de 8% do déficit de vagas em creches no Rio Grande do Sul. Para Pascoal, o grande desafio está nas áreas de periferias, onde a demanda é maior.
— Já houve um avanço importante no acesso ao longo do primeiro mandato do prefeito (Sebastião) Melo, e nós acreditamos que é possível, sim, num horizonte relativamente curto de tempo, talvez na primeira metade do mandato, já conseguir zerar essa fila — projetou.
Em setembro, reportagem de Zero Hora mostrou que, neste ano, 12.673 alunos buscaram vagas na rede e 5.133 foram atendidos em instituições públicas. Segundo a Smed, o número foi semelhante à média de anos anteriores.
— Basicamente, em termos de ampliação do acesso, vão ser lançadas duas estratégias. Crescer na rede própria a oferta, mas também crescer com um número de instituições conveniadas — afirmou o futuro titular da pasta.
No mandato de Pascoal como prefeito de Esteio, a cidade atingiu o melhor desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), com nota 6,0 para anos iniciais e 5,2 para anos finais. Em Porto Alegre, os indicadores são de 4,9 e 4,1, respectivamente.
— O trabalho que fizemos de municipalização de algumas escolas estaduais para ampliação e qualificação de vagas, também é algo possível. Nós criamos em Esteio um 14º salário para o magistério, vinculado ao desempenho das escolas, isso também é algo que a gente pode estar refletindo aqui — cogitou Pascoal.
O futuro secretário ainda disse que quer priorizar o processo de alfabetização. Ele afirma que, quando assumiu a prefeitura de Esteio, apenas 45% dos estudantes estavam alfabetizados no final do 3º ano do Ensino Fundamental. Em 2023, o índice foi para 89% dos alunos com fluência leitora ao final do 1º ano, de acordo com o prefeito.
— É o elemento chave, porque é a base da vida escolar desse estudante. O estudante que não consegue ter as competências necessárias na idade correta vai ter grande dificuldade de aprender outras coisas — disse.
Sobre a escolha de diretores de escolas, Pascoal ainda confirmou que quer apresentar ao prefeito no período de transição uma nova proposta para seleção dos interessados.