Após assinar diversos acordos de cooperação com o governo de Cuba, em Havana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19). Lula desembarcou na cidade na noite de sábado (16), por volta das 22h no horário local (23h em Brasília). No domingo, o presidente participou de uma reunião com empresários e de um jantar oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.
A maioria dos encontros ainda não foi detalhada e deve acontecer no Lotte Palace Hotel, onde o presidente está hospedado. Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, Lula tem priorizado agendas que acontecem geralmente nos hotéis em sua intensa rotina de viagens internacionais por conta da cirurgia de quadril que fará no fim deste mês. Nesta segunda-feira, conforme agenda da Presidência da República, Lula se reúne com o presidente da Confederação Suíça, Alain Berset e com o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown.
Em seus mandatos, o petista só não foi à ONU uma única vez, em 2010. Neste ano, o tema da 78ª sessão é o foco nas metas da chamada Agenda 2030, que estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193 países-membros da ONU até 2030. Lula irá discursar na ONU pela oitava vez. A expectativa é que Lula evidencie os eixos de sua política internacional.
A comitiva do Brasil é formada por 12 ministros, mas apenas sete participarão de eventos ligados diretamente à assembleia. Os demais não fazem parte da delegação, mas estão na cidade cumprindo agendas oficiais.
Lula e Biden
Além disso, Lula terá dois encontros com Biden. O primeiro é uma reunião bilateral, que está prevista para ocorrer na quarta- feira (20), por volta das 13h, em horário local. Na sequência, os presidentes brasileiro e americano lançam a "Iniciativa Global Lula- Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI".
Lula e Zelensky
O governo também ofereceu dois horários ao presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky, para uma reunião bilateral às margens da Assembleia Geral da ONU. Ainda não há uma data fechada para o encontro, mas os assessores das duas partes trabalham para definir uma agenda nos próximos dias. A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, o senador Jacques Wagner (PT-BA). Houve uma tentativa frustrada de reunião entre os dois presidentes durante a reunião do G7, no Japão.