Um plano apresentado no mesmo dia do lançamento do Novo PAC, o Plano de Transição Ecológica, comandado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganhou menos atenção do que merecia.
Nesta semana, Haddad está em Nova York, onde vai testar o apetite dos estrangeiros por parte dos projetos que também está sendo chamado de "pacote verde".
Existem especulações de que a expectativa do ministro é voltar da viagem com ao menos uma conquista reluzente embaixo do braço. Veremos. O que está levando na bagagem é uma espécie de vitrine de projetos verdes, acompanhada de oportunas estatísticas ambientais. Neste domingo (17), começa em Nova York a Climate Week, cheia de empresários e investidores que lideram o reposicionamento global nessa área.
Um dos instrumentos de Haddad é a oferta de títulos públicos chamados "bônus verdes", destinados a captar recursos para investir no financiamento de projetos relacionados a questões sociais ou ambientais.
ambição da Fazenda é captar US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões), dos quais parte iria para a reformulação do Fundo Clima. Na semana passada, foi feito um lançamento prévio no Exterior. A apresentação ocorre quando o Brasil tem um trunfo e tanto: a redução de 48% no desmatamento da Amazônia de janeiro a agosto.
Conforme o Ministério do Meio Ambiente - parceiro da Fazenda no “pacote verde” -, isso significa que o Brasil deixou de emitir quase 200 milhões de toneladas de carbono. No país, 50% das emissões ocorrem por queimadas em floresta. O lançamento coincide com o período em que o Brasil tem um trunfo e tanto: a redução de 48% no desmatamento da Amazônia de janeiro a agosto. Conforme o Ministério do Meio Ambiente, isso significa que o Brasil deixou de emitir quase 200 milhões de toneladas de carbono. Então, oportunidade, há. Falta, mesmo, testar o apetite.